Cearense Manuela de Cassia é assassinada na Itália

A transexual brasileira de 48 anos foi encontrada morta com pelo menos 50 facadas em seu apartamento em Milão

3062
Foto: Arquivo Pessoal

Manuela de Cassia, artista trans cearense de 48 anos, foi encontrada morta com pelo menos 50 facadas em seu apartamento em Milão, na Itália, na tarde desta segunda-feira (20).

De acordo com as informações preliminares, o corpo da performer estava no segundo andar de um prédio na via Plana, perto da piazza Firenze, onde a brasileira vivia há alguns anos.

Manuela era nome conhecido na cena LGBTI+ e na década de 1990 se apresentou em programas de TV nacionais. Após as primeiras informações de seu falecimento, fãs e amigos foram nas redes sociais prestar homenagem, inclusive exibindo vídeos de apresentações de lipsync.

“Em menos de um Mês perdemos três companheiras amigas trans: Thinna Thina Rodrigues, Soraya Oliveira e Manuela de Cassia, eternas saudades de amigos e companheiros”, disse Lena Oxa, um dos maiores nomes da arte LGBT do Ceará.

Assassinato

As autoridades italianas investigam o caso e já interrogaram alguns vizinhos. Uma das principais hipóteses é de que ela foi assassinada por um cliente durante uma briga, tendo em vista as inúmeras feridas e violência dos golpes.

O cadáver foi localizado pelos bombeiros, que precisaram ser acionados por volta das 15h30 da tarde (horário local) pelos moradores do edifício após sentirem um forte cheiro de gás vindo do apartamento da vítima.

Conforme a reconstrução, o autor do crime teria aberto o gás antes de fugir. A arma do crime não foi encontrada. Até o momento, também não há informações sobre o suspeito.

Manuela de Cassia estaria trabalhando como acompanhante e, neste contexto, usaria vários pseudônimos. A polícia relata que ela teria diversos perfis em sites de relacionamento e às vezes recebia seus clientes em sua casa.

Retorno do corpo ao Brasil

No Ceará, representantes do movimento LGBTI+ se mobilizam para obter informações sobre o retorno do copo ao estado. Os ativistas também estão em contato com a família. A Coordenadoria de Diversidade Sexual do Governo do Ceará acompanha o caso.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here