A mesma mídia que passa pano e esconde a homossexualidade de homens famosos, atuando inclusive na sustentação de uma heterossexualidade fake, sempre fez questão de tirar mulheres do armário, sejam elas lésbicas ou não.
O machismo, sempre ele, mais uma vez predomina.Vamos pegar @xuxamenegheloficial e @guguliberato como exemplos.
Ao longo da carreira, sobretudo no período em que trabalhou com a diretora Marlene Mattos (de meados dos anos 1980 aos anos 2000), Xuxa foi confrontada por jornalistas e pela opinião pública sobre a sua sexualidade.
A própria Xuxa nos ajuda a entender: “Eu acho que essas coisas foram ditas porque naquela época, nos anos 90, eu não estava com nenhum homem”.
Mas neste mesmo período, em capas de revistas de cobertura de celebridades (não sabemos se com ou sem jabá), Gugu exibia a heterossexualidade cobrada e esperada do líder de audiência dos domingos da família brasileira.
Enquanto isso, nas entrevistas, Xuxa era obrigada a responder: “Se eu tivesse me apaixonado por Marlene ou outra mulher, eu teria dito”, afirmou a loira em 2018 para a revista Caras.
Vítima da heterossexualidade compulsória ocidental, como todes nós, Gugu, no entanto, vinha sendo poupado (um silêncio que poderia até ser financiado), mesmo que nos bastidores ressoassem os comentários sobre sua vida amorosa.
Nunca saberemos se esta simulação da realidade seria mantida por mais tempo com ele em vida, partindo do princípio que o relacionamento do apresentador com Thiago Salvático, o namorado revelado, jamais foi negado publicamente pela família. Talvez, se não fosse a disputa pela herança bilionária, o loiro ainda estaria descansando em paz no seu armário dourado.
Por @rafaelmesquitaj
