Outdoors em Fortaleza denunciam assassinatos de travestis no Ceará

Iniciativa integra projeto apoiado pela lei Aldir Blanc e denuncia o genocídio contra transgêneros no Ceará

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Foto: Muriel @mumutante
Por Igor Thawen

Na manhã dessa terça-feira, 8, a cidade de Fortaleza amanheceu mais colorida e expressiva: cinco outdoors proclamam a vida de travestis. “Procura-sy travestis vivas vivas vivas no estado do Ceará”, afirma a criação de Synestesyaa, com Design Gráfico de Ella Monstra. A produção é de Rodrigo Alencar. A iniciativa integra projeto contemplado no edital Cidadania Cultural e Diversidade, da lei Aldir Blanc, da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT-CE).

Para além da primeira frase de impacto, o outdoor também traz: “o tempo é o tecido conjuntivo da vida, nos permitam viver”, reafirmando a luta e resistência contra a transfobia, crime de ódio responsável por ceifar vidas trans que simplesmente manifestam a aspiração de habitar a própria pele.

O projeto faz refletir sobre o ano mais agressivo para a população trans: até o dia 31 de outubro deste ano o Ceará era o segundo estado com mais assassinatos de travestis e transexuais, com 19 mortes. No Brasil, também neste período, 151 trans foram assassinadas, levando o país a ser o que mais mata transgêneros no mundo.

Os dados são da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), que conclui: “Nos chamando atenção para recorrentes casos onde o ódio a identidade de gênero se faz presente, nos trazendo reflexões sobre o gênero como fator relacionado a essa violência”.

Um dos exemplares se encontra na Avenida Washington Soares, e já foi registrado por vários internautas. E você, já avistou algum dos cinco outdoors?!

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