100 organizações LGBTI+ divulgaram, em março deste ano, uma carta aberta conjunta aos prestadores de serviços de saúde e principais meios de comunicação para alertar que pessoas LGBTI+ poderiam correr certo risco de contrair o coronavírus. Conheça três fatores específicos destacados no documento:
1. LGBTs usa tabaco a taxas 50% maiores que a população em geral:
A Covid-19 é uma doença respiratória que se mostrou particularmente prejudicial para os fumantes.
2. Comunidade tem taxas mais altas de HIV e câncer:
O que significa que um número maior de nós pode ter um sistema imunológico comprometido, deixando-nos mais vulneráveis às infecções por Covid-19. PORÉM, o HIV ainda não foi associado a casos mais graves de coronavírus. A manifestação dos infectologistas é mais uma preocupação, que todos devem ter.
3. Pessoas de sexualidade e identidades não normativas sofrem discriminação no atendimento de saúde:
LGBTs ficam mais vulneráveis porque continuam a sofrer discriminação, atitudes hostis e falta de entendimento dos provedores e funcionários em muitos locais de assistência médica. O preconceito sabido inibe até a procura do serviço de saúde.
FIQUEMOS TRANQUILOS, PORÉM ATENTOS:
Apear de tudo isso, o infectologista Ricardo Vasconcelos afirma que até o momento “esse cenário não foi apresentado em nenhum estudo nos outros países, como a China ou Itália”, diz. E completa: “Além disso, para evitar que se forme mais estigma entre os LGBTs, prefiro dizer que a idade avançada e comorbidades como cardiopatia, hipertensão, diabetes, doenças pulmonares e não o HIV é que colocam de fato as pessoas em vulnerabilidade. Pelo menos uma vez na vida temos uma doença em que os LGBTs não estão mais vulneráveis.”
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Texto com informações da Agência Aids