Os direitos LGBTI+ não devem ser outra vítima da Covid-19

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Não há dúvidas do impacto devastador da COVID-19, mas é importante lembrar que, para determinados agrupamentos sociais, vítimas das diversas desigualdades, o abalo com o Novo Coronavírus será ainda maior.

LGBTI+ e Covid-19.

Entre estes coletivos populacionais mais vulneráveis estão as LGBTI+. Diante disso, a Internacional de Serviços Públicos, federação sindical global, destacou algumas das diferentes maneiras pelas quais essa pandemia está afetando as pessoas LGBTI+ em todo o mundo.

CUIDADOS DE SAÚDE: A crise atual mostrou que pode aumentar os problemas de acesso à saúde já vivenciados por esta população. As pessoas trans são particularmente afetadas, com a interrupção da terapia hormonal, por exemplo. LGBTIs vivendo com HIV narram dificuldade de acesso à medicamentos, sobretudo agora que estes anti-retrovirais estão sendo pesquisados como tratamento potencial para o COVID-19. O fato é que os medicamentos devem estar disponíveis para todos. Grupos vulneráveis não devem disputar entre si.

SEM TETO: Estudos estimam que de 20 a 40% de todos os sem-abrigo são considerados LGBTI+. Com o surgimento de dificuldades econômicas e restrições devido à pandemia, o acesso deste grupo à uma renda básica está cada vez mais difícil. É preciso criar alternativas para pessoas que não têm um lar e nem meios de subsistência.

VIOLÊNCIA FAMILIAR: Pesquisas demonstraram que a violência familiar é uma das formas predominantes de ataques às LGBTI+. Com as pessoas trancadas em suas casas com parceiros violentos ou agressores da família, todos os serviços de combate à violência doméstica devem continuar funcionando e outros meios para garantir ajuda para escapar desta situação devem ser disponibilizados.

Os problemas são muitos. Diante disso, a Internacional de Serviços Públicos apela aos governos para que mantenham os serviços vitais necessários para ajudar os grupos mais estigmatizados e vulneráveis da sociedade. A entidade acredita que é fundamental reforçar as políticas públicas LGBTI+, para que os direitos desta população não sejam outra vítima da pandemia.

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