Ator brasileiro grava cena de sexo com 28 homens e levanta debates sobre precauções de saúde

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Foto: Reprodução/Instagram de Petrick Garcia

Neste final de semana, o ator pornô Petrick Garcia se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, especialmente no Twitter. O motivo? Ele participou de uma cena de sexo que durou 1h20 com 28 homens, tornando-se um símbolo de resistência passiva na internet. O profissional de conteúdo adulto gravou o vídeo do tipo ‘gang bang’, em que uma pessoa é passiva e vários homens são ativos.

Petrick se destacou como protagonista do filme “Nympho-Man”, da produtora Treasure Island Media, dos Estados Unidos, que o convidou para a gravação em dezembro do ano passado. O conteúdo foi gravado no Rio de Janeiro em março e divulgado nos últimos dias.

No trailer divulgado pela produtora, é possível ver uma fila de homens nus esperando sua vez para se envolver sexualmente com Petrick, tudo capturado por câmeras, incluindo um drone. No final, todos aplaudem o ator-guerreiro.

No entanto, além do aspecto do meme e do entretenimento, é importante abordar os riscos envolvidos nessa prática. Embora Petrick tenha afirmado não ter sofrido lesões e tenha usado medicamentos para proteção da flora intestinal, é necessário observar a situação de diferentes perspectivas, começando pela ausência do uso de preservativos.

No Twitter, o médico infectologista Vinícius Borges, especializado no estudo da população LGBTQIA+, HIV e ISTs, argumentou que o uso de camisinha é a opção mais indicada e segura para o sexo grupal.

Não temos informações se outros métodos de prevenção foram adotados, mas o médico ressaltou a necessidade de cuidados combinados, como testes recentes, vacinação, outros testes moleculares para detectar vírus ou bactérias sexualmente transmissíveis (na faringe, uretra, ânus), uso de medicamentos de Profilaxia Pré e Pós-Exposição ao vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS (PrEP e PEP, respectivamente), testes de “indetecção” e “intransmissão” (no caso de pessoas vivendo com Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV), entre outros.

Foto: Reprodução/Twitter

“Não importa tanto se você transa com uma ou mil pessoas, contanto que utilize preservativos e/ou uma combinação de métodos de prevenção (prevenção combinada) com todos. Não se trata de quantidade, mas de como você faz sexo”, comentou Vinícius Borges.

O que eu preciso levar em consideração no caso de sexo grupal?

Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): O sexo grupal pode aumentar o risco de transmissão de ISTs, como HIV, sífilis, gonorreia, clamídia, herpes genital e hepatite. O contato com múltiplos parceiros aumenta a probabilidade de exposição a essas infecções.

Falta de proteção: Em encontros sexuais grupais, pode haver uma maior probabilidade de não usar preservativos ou de uso inadequado. Isso pode facilitar a transmissão de ISTs e aumentar o risco de gravidez indesejada, caso não seja desejada ou não sejam utilizados outros métodos contraceptivos.

Dificuldade de rastreamento de parceiros: Com um número maior de parceiros sexuais envolvidos, pode ser mais desafiador rastrear e comunicar a todos sobre a necessidade de fazer testes de ISTs regularmente. Isso pode aumentar a probabilidade de infecções passarem despercebidas e se espalharem.

Segurança pessoal: Em encontros sexuais grupais, especialmente em ambientes desconhecidos ou com pessoas desconhecidas, pode haver preocupações com a segurança pessoal. Isso inclui a possibilidade de agressão sexual, violência física, roubo ou outros comportamentos prejudiciais.

Pressão ou coerção: O sexo grupal pode envolver dinâmicas complexas de poder e consentimento. É importante garantir que todos os envolvidos estejam engajados voluntariamente e se sintam confortáveis com a atividade sexual. A pressão ou coerção para participar de atividades que não são desejadas pode levar a experiências negativas e traumáticas.

 

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